O preço médio do diesel S10 no Brasil atingiu R$ 6,42/litro em março de 2025, conforme dados da ANP analisados pelo ILOS. Esse valor representa um aumento de 8,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nesse período, dois fatores impulsionaram os preços dos combustíveis: o aumento na alíquota de ICMS por parte dos estados e a alta no preço do diesel anunciada pela Petrobras para as distribuidoras.
 
 A alta acumulada tende a afetar diretamente margens operacionais e políticas de frete das empresas, exigindo ajustes mais frequentes em contratos e estratégias de abastecimento. O diesel é o principal item de custo das empresas de transporte rodoviário de carga, chegando a representar mais de 45% do custo da rota em trechos acima de 800km.

 Em 2024, o Brasil enfrentou um cenário desafiador com um estoque imobilizado representando 24% do PIB e uma taxa de juros elevada, superior a 10%. Juntas, essas duas condições elevaram o custo de estoque para mais de 6% do PIB, com impacto direto nos custos logísticos totais brasileiros.
 
 Desde 2022, o estoque imobilizado no Brasil saltou de 18% para 25% do PIB, resultado, em boa parte, das incertezas em relação ao transporte internacional nesse período. Essas incertezas levaram as empresas a aumentarem seus estoques para garantirem a continuidade das suas operações, o que pressionou ainda mais os custos do setor.

 A taxa de vacância é um dos principais termômetros do mercado de condomínios logísticos. Em São Paulo, o ano de 2025 se iniciou com um cenário de alta ocupação em condomínios localizados principalmente em Guarulhos, Cajamar e Barueri, com taxas de vacância inferiores a 7%.
 
 Em contrapartida, regiões como ABC (22,6%) e Embu (27%) apresentam maior vacância, indicando maior disponibilidade e flexibilidade na negociação de preços. A leitura regionalizada do mercado é fundamental para equilibrar custo, acesso e disponibilidade nas decisões de expansão de área de armazenagem ou realocação.