Quatro entre 10 empresas no Brasil terceirizam parcial ou totalmente a sua operação de armazenagem. Essa decisão é mais comum nos setores de Cosméticos, Higiene e Limpeza e de Químico e Petroquímico. 

 Fatores como forte regulação, alta complexidade da armazenagem e flexibilidade estão entre os principais motivadores para que essas empresas busquem operadores logísticos especializados para cuidarem dos seus centros de distribuição.

 O Brasil possui apenas 214 mil km de rodovias pavimentadas, o que representa uma densidade de 25,1 km de rodovias pavimentadas por 1.000 km2 de área territorial. China e Estados Unidos, com territórios maiores que o brasileiro, apresentam uma densidade de rodovias superior a 400 km por 1.000 km2. Mesmo com grande parte de seus territórios cobertos de gelo ou desérticos, Rússia, Canadá e Austrália também possuem uma malha rodoviária mais densa que a brasileira.
 
 Esse comparativo demonstra que não são apenas os modais alternativos, como o ferroviário, o aquaviário e o dutoviário, que necessitam de investimentos no Brasil. Atualmente, apenas 12% da malha rodoviária brasileira é pavimentada, o que é insuficiente para um país com a importância econômica do Brasil.

 Estudo realizado pelo ILOS mostra que, em média, 88% das maiores indústrias e varejos do Brasil terceirizam a sua operação de transportes. A terceirização de transportes é ainda maior em setores como Químico e Petroquímico, Eletroeletrônicos, Computação e Tecnologia, Cosméticos, Higiene e Limpeza e Papel e Celulose.
 
 Ao terceirizar o transporte, as empresas evitam gastos significativos com aquisição e manutenção de frota, infraestrutura e tecnologia, transformando custos fixos em variáveis e melhorando o retorno sobre ativos. A terceirização também permite expandir ou reduzir rapidamente os recursos de transporte conforme a necessidade da operação, sem os entraves associados à gestão de uma frota própria.