Atender o cliente com perfeição é um dos grandes desafios das empresas. Afinal, não dá para ser perfeito em todos os aspectos, o que demanda a empresa ser boa em aspectos diferentes para clientes diferentes. Daí a importância da segmentação dos clientes, que pode ser feita sob diversos aspectos. Uma dessas segmentações é sob o ponto de vista de custos e volume.

A disponibilidade de infraestrutura de transporte e os serviços oferecidos têm forte influência na matriz de transporte de carga. Nos EUA, a oferta de uma malha ferroviária e dutoviária com grande capilaridade e a presença de um rio (Mississippi) que liga a forte produção de milho e soja norte-americana aos portos de exportação fazem com que esses modais tenham ampla participação na economia do país, reduzindo os custos logísticos. O mesmo acontece na União Europeia, que explora todo o potencial da sua costa para o transporte por cabotagem. Já o Brasil sofre com as dificuldades de investimento para ampliar a sua infraestrutura de transportes. O resultado é uma economia muito dependente do modal rodoviário, apesar de contar com uma costa com mais de 8 mil km e ser um dos maiores exportadores de graneis agrícolas do mundo.

O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Essa posição foi alcançada nos últimos 20 anos e, desde então, vem sendo consolidada, com o volume de exportações brasileiras ficando cada vez mais próximo do volume norte-americano. Já a infraestrutura logística brasileira ainda está muito aquém da dos Estados Unidos, o que aumenta os gastos com logística e reduz a competitividade do Brasil no mercado internacional.