Não é apenas minério de ferro que passa pelas ferrovias brasileiras. Boa parte da soja e do milho exportados pelo país saem do Centro-Oeste em direção aos portos do Sudeste pelos trilhos. Assim como o minério de ferro, as commodities agrícolas contam com as ferrovias para reduzir o custo de transporte de um produto de baixo valor agregado. Atualmente, o Brasil possui cerca de 30 mil km de vias férreas ao longo do território nacional.

 O preço médio do óleo diesel S-10 no Brasil alcançou R$ 6,12 o litro em maio de 2025, 3% acima do registrado no mesmo período de 2024. Desde março de 2025, porém, a Petrobras já anunciou três reduções no preço do diesel no país, o que deixa o preço do combustível 1% inferior ao valor do início do ano.
 
 Os gastos com diesel podem chegar a representar mais de 45% dos custos de uma rota longa no transporte rodoviário de carga. Essa representatividade é relevante especialmente para empresas que aplicam gatilhos ou negociam preços de frete com base na variação do diesel.

 Nos últimos 15 anos, a cabotagem de contêiner cresce a uma taxa superior a 11% ao ano no Brasil, bem acima da média geral do modal, de 4%. Além de ser a que mais se desenvolve no país, a cabotagem de contêiner também é a que tem maior potencial para retirar cargas de longa distância das rodovias, aumentando a produtividade nacional.
 
 Em termos de volume, o principal item movimentado pela cabotagem está no granel líquido, com grande participação do petróleo oriundo de alívio de plataformas ou movimentado ao longo da costa. Essa operação é praticamente cativa da cabotagem e pouco concorre com o modal rodoviário.