De janeiro a setembro de 2025, a quantidade de autos de infração relacionados ao Piso Mínimo de Frete do transporte rodoviário de carga cresceu quase 9 vezes em relação a todo o ano de 2024. Nesse período, houve mais de 37,5 mil multas, que podem variar de R$500 a R$10,5 mil. Apenas em maio de 2025, mais de 9 mil autos de infração foram lavrados, mais do que os anos de 2023 e 2024 somados.

 Esse crescimento se deve ao aprimoramento, por parte da ANTT, da fiscalização eletrônica do transporte, através do cruzamento de grandes bases de dados, como o Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos (MDF-e), o Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT), RNTRC e outros sistemas próprios da agência. Essa integração vem permitindo à ANTT detectar infrações sem a necessidade de abordagem física ao transportador.

 Segundo a Política Nacional de Pisos Mínimos do TRC, são infrações a contratação abaixo do piso mínimo, o anúncio de fretes abaixo do piso mínimo e a obstrução da fiscalização.

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 Nos últimos 10 anos, a infraestrutura de transportes brasileira praticamente não cresceu em extensão, a exceção das ferrovias nacionais, que cresceram 11% no período, com mais 3 mil km de trilhos. Nas rodovias, o Brasil pavimentou apenas 3 mil km nesses 10 anos, crescimento de apenas 1%, e, nas dutovias, o aumento foi de 5%, com mais 1 mil km de dutos.
 
 Nesse mesmo período, a China construiu 860 mil km de novas rodovias, quatro vezes mais do que a atual malha brasileira, chegando a quase 5,5 mil km de rodovias pavimentadas. Os investimentos se estenderam também para as ferrovias, com o país atingindo os 159 mil km de trilhos, 38 mil a mais do que em 2015. Por fim, os chineses construíram mais 39 mil km de dutos, registrando uma malha de 148 mil km.
 
 A disponibilidade de infraestrutura é um ponto importante para a melhora do nível de serviço logístico no país e a redução dos custos logísticos. A oferta de infraestrutura adequada permite que as empresas escolham os modais mais adequados para o perfil da carga e o deslocamento planejado.
 
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 No acumulado de janeiro a agosto de 2025, o Brasil exportou mais de 86 milhões de toneladas de soja. Para os próximos meses, a tendência é de queda nos volumes mensais exportados, mas a expectativa é de que o país bata novo recorde nas exportações do grão. Esse aumento no volume tem impacto na demanda por transporte rodoviário nas regiões produtoras de soja e afeta ainda os portos que escoam o grão, especialmente os terminais do Arco Norte e do porto de Santos.
 
 A China é o principal destino da soja brasileira, tendo ficado com 76% das exportações do período entre janeiro e agosto de 2025. Essa participação já está próxima do recorde histórico (79%) de 2018, quando os Estados Unidos impuseram as primeiras tarifas comerciais contra os chineses, que, na ocasião, retaliaram deixando de comprar os grãos norte-americanos.
 
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