O Brasil está entre os países com desempenho logístico médio segundo o Índice de Desempenho Logístico (LPI, sigla em inglês) divulgado pelo Banco Mundial. Seis pontos são avaliados para a construção desse índice, com o Brasil se destacando na sua capacidade de realizar as entregas no prazo estipulado. Por outro lado, questões como a eficiência aduaneira e as remessas internacionais estão entre as que precisam maior atenção do país.
 
 O ranking de 2023 do LPI é liderado por Singapura, principalmente por conta da qualidade da sua infraestrutura logística e por sua eficiência no rastreamento e na localização das cargas. A última posição do ranking de 139 países é ocupada pelo Afeganistão.

 Os custos logísticos no Brasil representam 18,4% do PIB do país, percentual muito superior ao registrado nos Estados Unidos, de 8,7% do PIB norte-americano. Ainda que transportes tenham forte impacto nos custos brasileiros, a principal diferença entre os países em 2023 foram os custos de estoque. Enquanto as empresas brasileiras contaram com níveis de estoques acima do planejado ao longo de 2023 apesar das altas taxas de juros, as norte-americanas, especialmente o varejo, buscaram reduzir seus estoques até um nível considerado ideal. Além disso, as taxas de juros no Brasil chegaram a 13,75% em um período do ano, enquanto nos EUA, o máximo foi de 5,3%.

 Formado por mais cerca de 1,3 mil empresas, o setor de operadores logísticos no Brasil faturou mais de R$190 bilhões em 2023, o equivalente a 1,8% do PIB do país no período. Essas empresas são responsáveis por cerca de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos e movimentam mais de R$20 bilhões em investimentos. Entre 2021 e 2023, a quantidade de operadores logísticos no Brasil subiu mais de 30%, enquanto o faturamento do segmento aumentou 16%.