Empresas de varejo costumam ter um prazo médio de pagamento de fornecedores bem superior ao da indústria. Em 2023, as empresas de capital aberto do comércio varejista registraram um prazo médio de 119 dias para pagamento dos seus fornecedores, em comparação aos 44 dias da indústria e os 89 dias das empresas de bens de consumo.
 
 O aumento no prazo médio de pagamento dos fornecedores pode ser uma estratégia das empresas para melhorar o fluxo de caixa, reduzir a necessidade de capital de giro ou mesmo ganhar flexibilidade financeira, especialmente em um cenário de juros altos. Entretanto, o aumento nos prazos pode prejudicar o relacionamento com os fornecedores, podendo até causar rupturas na cadeia de suprimentos.

Em 2023, as empresas de capital aberto no Brasil apresentaram mais de 100 dias de cobertura de estoque média, em uma análise segmentada por companhias de bens de consumo, indústria e varejo. Para 2024, a tendência é de que esse número cresça mais de 10%, a depender do setor, segundo os balanços das empresas divulgados no primeiro semestre.
 
 Em um cenário de juros altos como no Brasil, a gestão dos estoques passa a receber uma atenção maior por parte das empresas. Afinal, alta concentração de estoques pode trazer significativos custos financeiros, principalmente diante de  aumento da taxa Selic.

Os preços de frete rodoviário são diferentes dependendo do tipo de veículo utilizado. A consolidação de cargas em veículos maiores torna o preço por tonelada bem mais competitivo.
 
 O ganho de escala fica claro quando se observa os preços de frete pagos no Brasil para veículos de capacidades distintas. Na movimentação de carga geral em rotas de cerca de 500km, o valor por tonelada para transporte em Rodotrem (com capacidade de 43 a 54 ton) gira em torno de R$ 171/tonelada. Esse valor é mais barato do que o transporte em veículos de menor porte como Carreta ou Truck. Vale destacar ainda o ganho em termos sustentáveis ao se utilizar veículos maiores, que geram menos emissão por tonelada.
 
 Ressalta-se por fim que o modal rodoviário é uma das alternativas de transporte, e que ganhos de escala ainda mais representativos podem ser alcançados com modais diferenciados, como aquaviário e ferroviário.