Em 2023, a safra brasileira de soja e milho foi recorde, impulsionando as exportações das commodities do país, que alcançaram quase 155 milhões de toneladas. Deste volume, mais de 65 milhões chegaram aos portos brasileiros através das ferrovias nacionais.
 
 Ao longo dos anos, a movimentação de soja e milho pelas ferrovias brasileiras vem crescendo de forma importante. Entretanto, em períodos de safra recorde, como em 2023, o transporte de grãos pelo modal acaba limitado por sua capacidade, com o excedente sendo escoado principalmente pelo modal rodoviário.

 O rodoviário é o principal modal para o transporte de carga entre o Brasil e os demais países da América Latina. Em 2023, o modal transportou em torno de 65 milhões de toneladas, que chegaram ou saíram do país, com origem ou destino nos vizinhos latino-americanos, com um crescimento anual de 3,1% nos últimos 10 anos.
 
 O segundo modal mais importante para trocas comerciais do Brasil com o restante da América Latina é o aquaviário que, em 2023, transportou quase 15 milhões de toneladas. Carência de infraestrutura de transportes e barreiras burocráticas estão entre as maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas no transporte de carga entre o Brasil e o restante da América Latina, especialmente os vizinhos da América do Sul.

No Brasil, o transporte rodoviário domina as operações logísticas e, como consequência, aparece entre as principais fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no transporte no país. Para contornar esse problema, algumas iniciativas podem ser tomadas, como a consolidação de cargas, que permite o uso de veículos maiores com menor impacto por tonelada-quilômetro útil (TKU).
 
Ainda que movimente menos carga do que o modal rodoviário, o transporte aéreo é, de fato, o maior emissor de GEE entre os modais. Assim, empresas que controlam as suas emissões devem ficar atentas na hora de optar por esse modal.
 
Por outro lado, a forma mais limpa de transportar carga é utilizando os transportes por cabotagem ou por ferrovia. Eles possuem fatores de emissão abaixo de 20 gCO₂e/TKU, o que reforça o papel estratégico desses modais em uma logística mais sustentável.